terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

The END

Não sei se por uns meses, por uns dias, se para sempre, nunca se sabe, mas por mim, este blog chegou ao fim.
Se vou ter outra casinha por aqui pelos blogs ou não, veremos.
Obrigada a todos.
Reporter

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

All over again


Tenho medo do medo.
Isto vai ter de parar. Eu não posso continuar a viver assim. Não é bom para ninguém. Esta vida não é para mim, e nem devia ser para ninguém.
Gostava de saber se ainda tenho coragem e carácter suficiente para mudar isto para a vida. Sou nova, deveria ser mais fácil. Por mais que tente, quando chega a altura da verdade, desisto como uma criança assustada.
Que é realmente o que sou. E talvez isso nunca vá mudar.
Não mudará de certeza se continuar a fugir e a não enfrentar os meus problemas, que sejam ou não sejam de extrema importância, ridículos, psicóticos, físicos ou não, fazem-me sofrer todos os dias, e isso basta-me.
Eu gostava mesmo de mudar tudo isto, mas talvez ainda não esteja pronta para arriscar.
Quanto mais tempo passa pior. Não posso deixar a minha vida fugir assim por entre os meus dedos. Ou posso?

sábado, 23 de janeiro de 2010

Essas coisas



«Você não está mais na idade

de sofrer por essas coisas.»


Há então a idade de sofrer

e a de não sofrer mais

por essas, essas coisas?


As coisas só deviam acontecer

para fazer sofrer

na idade própria de sofrer?


Ou não se devia sofrer

pelas coisas que causam sofrimento

pois vieram fora de hora, e a hora é calma?


E se não estou mais na idade de sofrer

é porque estou morto, e morto

é a idade de não sentir as coisas, essas coisas?



Carlos Drummond de Andrade

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

3

Força. Bem tão escasso no meu ser incompleto. Esperança. Decresce a cada experiência. Resignei-me ao destino. Deixei-me levar pelo vento e escondi-me como uma criança pelo nevoeiro. Tudo fez sentido e o mundo tornou-se de novo um grande palco no qual eu estou a assistir dos meus aposentos. Confortável. Fácil. As cicatrizes tornaram-se perceptíveis quando o escudo se tombou. No caminho percorrido fui de mãos dadas com os meus antigos amigos solidão e pânico.

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Eu peço..

Peço perdão por não vos deixar orgulhosa . Por não ser como todas as outras; por vos fazer sofrer e pela vossa paciência para os meus devaneios, as minhas lutas diárias e o meu desinteresse.
Sei que poderia e até deveria ser diferente."Isto" estará sempre em mim, este trauma, como uma tatuagem. Mas esta coisa, este monstro que eu sustento, fez de mim o que eu sou hoje.
Tirou-me parte da inocência, tornou-me mais melancólica, mais agarrada à solidão. Fui mal-interpretada e é difícil ver quão difícil isto foi para a vida de alguém como eu, que nunca tinha sofrido com nada nem ninguém, ainda sonhava que a vida era fácil e que tudo caía aos nossos pés, mais tarde ou mais cedo.
Quem não passou por, nunca sabe, nunca perceberá. Não me quero armar em vitima, não quero continuar a falar do passado. Só queria pedir um breve mas sincero perdão para aqueles que sempre estiveram e estão neste momento presentes. Gostava de ser uma pessoa melhor para vocês e luto por isso mesmo todos os dias da minha vida. Não o consigo fazer em todas as áreas que vocês procuram, mas gostava de um dia, poder olhar para trás e ver que fiz tudo o que podia por vocês, e principalmente, por mim.

2 Roads


Gostava de ter o imenso prazer de saber o que fazer quando o nosso maior receio se torna realidade sem dó nem aviso prévio numa manhã fria de Inverno.
Fugir será a melhor solução. A que me fará sentir melhor, mais segura. Todo o medo desaparecerá naquele instante e toda a angústia se transformará numa calma imensa que me invadirá o ser. Mas será a mais fácil a que terá melhores resultados a longo prazo? Será que estou assim tão fraca que o medo se sobrepõe a tudo o resto que aprendi ao longo deste ano? Talvez no calor do momento, esteja mesmo. Mas no fim, sou eu que mando, não é o medo, não é o pânico nem a tristeza, sou eu.
Tenho dois caminhos, duas estradas. E quando não sei qual delas escolher, basta olhar para trás, ver o meu percurso e tentar, porque tentar não custa.
(ou talvez custe mas..)

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Carta a Mim


O que aconteceu aquela grande vontade de deixares de pensar nos outros antes de ti? Onde está a determinação de não te preocupares com o que vão dizer ou pensar?

Neste momento tudo isto se desvaneceu. Tornaste-te uma criança indefesa sem nada, em ti ou sem ser em ti, nem ninguém que te pudesse dar a mão e ajudar a chorar.

És uma fraca. A tua força nunca existiu.

Como és capaz de desistir de tudo o que faz parte do teu dia-a-dia por uma coisa como esta?

Estou muito muito desiludida contigo. Achava outra coisa de ti, tinha esperança e sentia-me segura em ti, sabia que fosse o que fosse tu conseguirias ultrapassá-lo sem a menor dificuldade. Estava tão enganada. Não sabes o que é importante e deixas-te abater por coisas como esta. Metes-me nojo, a sério que metes.

Vá, fica aí em casa, a ter pena de ti mesma e a chorar como um bebé. Faz-te sentir melhor não faz? Então, vá, fica. Não farias nada de que não estivesse à espera. Fica aí, a acreditar que amanhã vais acordar e a tua força volta assim como por magia.

Traíste a minha confiança. E eu não te vou perdoar.

Não tenho mais palavras para ti. Não quero falar contigo, nem sequer te quero ver no espelho neste momento.

Espero que te sintas culpada e espero que aprendas alguma coisa de jeito nessa cabeça oca.