sexta-feira, 27 de novembro de 2009

.


Na idade dela não estaria ali assim, tão só, a pensar na vida. Que experiência e que maturidade tem ela para saber o que é realmente a vida? Valha-me Deus. - Diz, revoltada.


Isto ultrapassa-me. Talvez antigamente não me tenha passado ao lado, mas hoje, nem quero saber. A rua está deserta, ou quase, e a escuridão apoderou-se de mim. Não de uma forma dolorosa, contudo. A noite sempre me transmitiu uma certa tranquilidade, um certo pertence. Talvez pela solidão, talvez pelos rostos carregados que ela tanto traz. Sentia-me compreendida.

Não quero refletir. Quero apenas um momento para mim. A liberdade que tanto sonho. Sem deixar os meus pilares de parte. A minha família, os meus amigos verdadeiros, que tanta vontade de sorrir me transmitem diariamente.

Apesar de tudo, sou uma solitária. Sinto-me estranha quando preciso e me farto de estar acompanhada em algumas ocasiões. Às vezes apenas o "silêncio da música" me deixa repousar em mim mesma, finalmente.

Não quero ser mal interpretada. Repito para mim, não quero ser mal interpretada. Não quero.. Chega.

Acabou-se o meu tempo, a minha solidão. O relógio não pára e já devia estar em casa.

Afinal o que sei sobre a vida para divagar sobre ela?

quarta-feira, 25 de novembro de 2009


Com um corpo forte e resistente como o nosso, como podemos ser tão frágeis?

Qualquer coisa, por tão mínima que seja, pode mudar o meu estado de espírito. Se muda o meu estado de espírito, muda a maneira como me sinto fisicamente. Se muda a maneira com a qual me sinto fisicamente, está tudo estragado. Sim, porque isto da ansiedade não evaporou para locais longínquos. Simplesmente tenho mais controlo sobre ela. E conheço-a melhor. O que me dá uma grande vantagem antes de ela me "controlar", como antigamente fazia. Antigamente, até parece que estou a falar de à anos atrás.

Mesmo assim, com (todo) este controlo, sinto-me bastante frágil. Não de uma forma ansiolítica como antes mas sim de uma forma emocional. Qualquer coisa que me digam me afecta, qualquer discussão me traz um medo irracional de perda, não sei de da relação em si, ou se de mim mesma, da identidade que construí, do muro que eu faço á volta dos problemas, para que não os tenha de enfrentar.

Enfrentar os problemas para mim é o mais complicado. É tão fácil fugir e fingir que está tudo bem. É tão fácil virar as costas a uma discussão e dizer: "agora não" ou "não gosto de discutir".

Porque esta fragilidade emocional pode deitar esta pessoa que eu construi por agua abaixo. E eu não sei o que sou sem ela. Alias sei, e não quero voltar a saber.

sexta-feira, 13 de novembro de 2009


Quando é que vou deixar de me preocupar com o que os outros vão pensar?